ORANGE SANDALWOOD

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5/01/2010

GENTE HUMILDE



I cried yesterday. This is hardly news, lately, true. 

I cried while listening to a story. A life. A childhood that was stolen. By untimely deaths, by abandonment, by separation from her kin, by prejudice.

And this girl grew, against all odds, to reach her full stature, to make true all her potentialities. Today she is a caring mother and wife, a soon-to-be grandmother, a perceptive observer and a wise story teller. A good friend. Someone who fights to avoid her story to be repeated again and again.

She still lives feeling the remainings of a deep sadness. But I know she will heal, eventually, and that shadow will be removed. By loving others, her love will reach finally the last shadowy corners of her own soul.

I lovingly devote this post to her. She will know.


GENTE HUMILDE
(Garoto - Vinícius de Moraes - Chico Buarque, 1969)
Tem certos dias
Em que eu penso em minha gente
E sinto assim
Todo o meu peito se apertar
Porque parece
Que acontece de repente
Feito um desejo de eu viver
Sem me notar
Igual a como
Quando eu passo no subúrbio
Eu muito bem
Vindo de trem de algum lugar
E aí me dá
Como uma inveja dessa gente
Que vai em frente
Sem nem ter com quem contar
São casas simples
Com cadeiras na calçada
E na fachada
Escrito em cima que é um lar
Pela varanda
Flores tristes e baldias
Como a alegria
Que não tem onde encostar
E aí me dá uma tristeza
No meu peito
Feito um despeito
De eu não ter como lutar
E eu que não creio
Peço a Deus por minha gente
É gente humilde
Que vontade de chorar




1 comment:

  1. Esta música é linda, e a Voz do Vinícius é algo que cala fundo no coração da gente. Talvez por isso que eu goste de ouvir as vozes das pessoas que gosto, pois elas tocam o coração.

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